Rua Edifício da Viela

Com a ampliação/amputação do edifício dos Paços do Concelho, a Senhora Presidente e os seus pares na maioria municipal estão prestes a cometer algo de inédito no mundo: inaugurar uma viela na zona mais central da cidade.

É que a rua entre o edifício da Câmara e o da Caixa Agrícola vai ficar muito estreita. Já a baptizámos com o nome "Rua Edifício da Viela".
Digam-nos a cidade do mundo, mesmos nos países menos desevolvidos, onde os governantes implantam uma viela.

Tudo isto é fado!, no vídeo:

Opinião, por Mário Pereira

Artigo publicado no Semanário de Felgueiras

dia 13 de Junho de 2008

Decidiu a Câmara Municipal de Felgueiras, muito discretamenta, quase em segredo para a maioria da população, dar inicio a obras de ampliação do edifício dos Paços do Concelho.
Pior forma de comemorar os cinquenta anos deste edifício, verdadeiro ex-libris da nossa cidade não podia ser encontrada!
Há muito tempo que sobre esta jóia do património municipal pairava a ameaça de ser seriamente mutilada. Lembremos alguns pontos desta triste saga: O primeiro projecto que recordo era uma coisa muito simples e feia, tipo “maço de tabaco ao alto”, constituído por vários pisos destinados a criar espaço para os serviços municipais e, certamente, esconder um erro urbanístico existente ali próximo. Ao primeiro projecto havia de suceder outro pior, um autentico monstro, qual Adamastor, deixando assombrado, muito mal assombrado, o belo e acolhedor Centro Histórico de Felgueiras. A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDRN), atenta, reprovou o projecto libertando assim Felgueiras daquela aberração urbanística.

Como se pode compreender situações destas? Será que o senhor arquitecto Alcino Soutinho, personalidade que não tenho a honra de conhecer, mas que sabemos tratar-se de pessoa de reconhecidos méritos profissionais, está de acordo com os projectos apresentados, ou seguiu a norma de que “o cliente tem sempre razão”e “projectou” aquilo que lhe foi encomendado?
O projecto cuja execução está a ser iniciada não é tão gravoso como os anterior, no entanto, se for concretizado, não deixa de constituir um crime de lesa património. O projecto em causa não mereceu a aprovação de todo o executivo municipal, é da responsabilidade da “maioria”, ou seja da senhora Presidente e dos senhores vereadores que lhe são politicamente afectos.
A senhora presidente e os senhores vereadores insistem num erro que, mais tarde ou mais cedo, vão reconhecer, se é que não o reconheceram já. Permitam-me que lhes recorde que, errar é humano, o pior é insistir no erro e, que depois de um erro cometido ainda há uma solução: reconhecêlo.
O valor em causa é demasiado elevado para que os felgueirenses cruzem os braços e desistam de lutar. Ainda é tempo! Se este tão grave atentado se vier a concretizar todos os Felgueirenses terão que assumir alguma responsabilidade, pois em democracia existem meios para combater estas situações que ainda não foram accionados. A responsabilidade é, sem dúvida ,de todos, mesmo da maioria anónima de que faço parte e que só teve conhecimento da situação quando foi surpreendida pelo estaleiro da obras, mas, penso que determinados grupos da sociedade têm nestes casos um grau de responsabilidade muito acima do cidadão comum. É a esses grupos que me quero dirigir e lançar um veemente apelo para que enquanto é tempo procedam às acções necessárias para que as obras parem imediatamente e se opte por outra solução.
Os partidos políticos podem alargar a sua intervenção. Urge criar condições para que a população se possa expressar.
Os ex-autarcas que serviram o concelho de Felgueiras, que amam a sua terra e o seu património sigam o exemplo do dr. Manuel Faria.Tambem não posso deixar de lembrar aqui as palavras do ex-presidente da Câmara Municipal quando em exercicio, senhor Júlio Faria, que em entrevista concedida a este jornal e, questionado acerca de um erro urbano na cidade, disse, “no futuro os interesses do concelho tem de ser melhor acautelados” (sic de memória). Senhor Júlio Faria, os interesses do concelho continuam muito mal acautelados, e o que agora está em causa é muito mais grave do que o erro urbano na altura comentado. A sua ajuda neste momento na defesa de Felgueiras é importantíssima.
No nosso concelho existe já um grande numero de técnicos, arquitectos e engenheiros, Felgueirenses de nascimento e também outros que, não sendo naturais de Felgueiras, aqui se fixaram, aqui trabalham honradamente e vão adoptando esta terra como sua, confirmando assim quanto Felgueiras é uma terra simpática e atraente, a todos se pede que façam ouvir a sua voz em defesa da nossa terra, a vossa colaboração é muito importante e podem-no fazer tranquilamente, até porque num caso destes, impedir que tão grave atentado se concretize, ninguém será vencido todos serão vencedores, mesmo aqueles que agora laboram em tão grave erro, eu seja, haverá um único vencedor que é, FELGUEIRAS!

Movimento deu conferência de imprensa

O Movimento "Salvar o Edifício da Câmara de Felgueiras" deu, hoje, pelas 19 horas, a sua primeira conferência de imprensa, frente aos Paços do Concelho, a fim de manifestar o seu desacordo em relação às obras de ampliação no edifício camarário, que já tem 50 anos de existência e é um dos mais belos exemplares arquitectónicos do concelho - um verdadeiro ex-líbris, que, com esta obra, ficará arquitectonicamente descaracterizado bem como a paisagem urbanística envolvente.

Francisco Cunha, médico, primeiro subscritor do movimento, foi o primeiro elemento a tomar a palavra: "estão a fabricar mais um monstro, a somar aos muitos que, infelizmente, já se fizeram nesta terra". E prosseguiu: "Somos um movimento não partidário, cívico, que congrega pessoas de todos os quadrantes ideológicos e independentes, homens da Cultura, professores, empresários, etc.. Não estamos contra ninguém a título pessoal, mas discordamos desta obra, que, se não for impedida, vai assassinar o que de artístico e historicamente arquitectónico tem este bonito palácio. Se isto se passasse no Porto ou em Lisboa, cairia o Carmo e a Trindade. Aliás, o caso nem se quer se colocava". Francisco Cunha apela: "Vamos todos salvar o edifício e a sua história!" E finalizou: "estamos a recolher pareceres técnicos no sentido de interpor uma providência cautelar. Paralelamente, estamos a promover uma grande campanha de assinaturas, pois a maioria dos felgueirenses não concordam com a obra".

Santos Pinho, professor de História, reiterou as palavras de Cunha, ao dizer: "Este movimento não está contra as pessoas, apenas contra a ideia de se cometer aqui um atentado contra a cultura e a arte arquitectónica de Felgueiras. Somos todos pessoas com preocupações sobre a terra onde, diarimente, damos o nosso contributo para o seu desenvolvimento e progresso, logo a nossa intervenção cívica, não partidária, deste movimento".

Rui Brochado, empregado de escritório, é da mesma opinião e refere: "Adiri a este grupo de pessoas preocupadas com a sua terra porque ainda tenho esperança de que esta obra não irá ser concretizada. A sê-lo, seria uma desgraça, um crime de lesa-concelho".

Júlio Antunes, metalúrgico, considera: "Temos que fazer tudo para que a Justiça impeça este atentado contra o património público, que é de todos e merece que o defendamos com determinação e sentido cívico".

PRIMEIRA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA É JÁ ESTA SEXTA-FEIRA

“SALVAR O EDIFÍCIO DA CÂMARA DE FELGUEIRAS”
Felgueiras

Aos
Órgãos de Informação nacionais e locais


Assunto: CONFERÊNCIA DE IMPRENSA EM FELGUEIRAS
SEXTA-FEIRA, DIA 20, PELAS 19 HORAS, NO JARDIM MUNICIPAL (FRENTE AOS PAÇOS DO CONCELHO)

Antecipadamente, desde já, endereço os meus respeitosos cumprimentos.

Na qualidade de 1.º subscritor do movimento cívico “Salvar o Edifício da Câmara de Felgueiras”, fundado há dias pelos cidadãos abaixo mencionados, venho convidar esse prestigiado Órgão de Informação para estar presente na primeira conferência de imprensa deste movimento, na próxima SEXTA-FEIRA, DIA 20, PELAS 19 HORAS, dada a gravidade da situação que actualmente se vive em Felgueiras.

Foi por decisão (infeliz) do Executivo da Câmara de Felgueiras proceder a uma desastrosa ampliação e profunda alteração do edifício dos Paços do Concelho, com 50 anos de existência, sendo este o verdadeiro ex-líbris da terra e um dos mais belos e singulares exemplares arquitectónicos da região. Estas obras, se não forem impedidas, irão descaracterizar e assassinar arquitectonicamente aquele monumento bem como a paisagem urbanística envolvente.

Como tal, urge uma tomada de posição dos felgueirenses, numa ampla acção de intervenção cívica, com mero espírito de cidadania, a favor do património púbico por excelência. É a hora de todos os felgueirenses, independentemente das opções ideológicas de cada um, darem as mãos para impedir que se cometa este autêntico crime de lesa-concelho.

Gostaria de referir e deixar bem claro que este movimento não tem qualquer conotação partidária e visa exclusivamente um único objectivo: não permitir a destruição dos Paços do Concelho. O movimento é composto por pessoas de várias sensibilidades políticas, independentes, intelectuais, médicos, empresários, funcionários públicos, operários, professores, sindicalistas, etc, etc… É, portanto, um movimento meramente cívico. Os membros fundadores são, entre outros: Francisco Cunha (médico), Júlio Antunes (metalúrgico), Rui Brochado (empregado de escritório), Santos Pinho (professor), José Carlos Pereira (escritor e jornalista), Manuel Teixeira (bancário), Paulo Ribeiro (empresário), Jorge Fonseca (empresário), Mário Pereira (topografo), Eduardo Teixeira (empresário), Luís Carlos Antunes (ourives), Teixeira Gomes (operário), Inácio Ribeiro (economista), Manuel Silvério (operário) e Cândido Gonçalves (professor).

Assim sendo, reitero o convite e os cumprimentos formulados.

O 1.º subscritor do movimento
“Salvar o Edifício da Câmara de Felgueiras”

(Francisco Cunha, Dr.)

Contactos: Telemóveis 967024470 e 918103632
E-mail: salvaredificiocamarafelgueiras@gmail.com

PRIMEIROS SUBSCRITORES DO MOVIMENTO

SALVAR O EDIFÍCIO DA CÂMARA MUNICIPAL

Desde há vários anos o executivo camarário tem vindo teimosamente e contra a vontade expressa em vários momentos pelos Felgueirenses, a insistir na execução de obras de ampliação do edifício da Câmara Municipal, as quais irão provocar alterações irreparáveis na sua arquitectura. O projecto inicial das alterações foi submetido a modificações dada a volumetria que atingia, mas não deixa de ser actualmente uma monstruosidade sem gosto e uma agressão sem nome, a um dos mais belos exemplares arquitectónicos concelhios, motivo de orgulho para todos os felgueirenses, o qual jamais deverá ser destruído, amputado ou sede de implantes bárbaros, quaisquer que sejam as motivações para tal desígnio.
Revoltados contra o início das obras, num processo em que não houve qualquer discussão pública por parte da autarquia, somos cidadãos felgueirenses preocupados com o nosso património cultural e histórico, que pretendemos fazer ouvir a nossa voz e impedir mais este claro assassinato ao património edificado do nosso Concelho.
Somos cidadãos conscientes e interessados que, vindos transversalmente de todos os quadrantes políticos e independentes, apenas temos como bandeira a defesa de Felgueiras e dos seus valores.
O Movimento “Salvar o Edifício da Câmara de Felgueiras” que desde este momento criámos, movimento cívico de defesa do património público edificado do nosso Concelho ao qual Vos convidamos a aderir, irá promover uma recolha de assinaturas contra as obras de ampliação dos Paços do Concelho, realizar acções de sensibilização contra a destruição deste património arquitectónico concelhio e lutar, se necessário for, na Justiça para impedir mais este atentado que se não for parado já, terá consequências irreparáveis.

1ºs Subscritores: Francisco Cunha
Júlio Antunes
Rui Brochado
Santos Pinho
Jorge Fonseca
Paulo Ribeiro
António Teixeira
Mário Pereira
Luís Antunes
Manuel Silvério
Manuel Teixeira
Lurdes Moura
José Carlos Pereira
Cândido Gonçalves
Inácio Ribeiro

Felgueiras, 17 de Junho de 2008

Adira ao Movimento "Salvar Edifício da Câmara de Felgueiras

Adira a este Movimento e ajude a engrossar a revolta dos felgueirenses contra as obras de ampliação dos Paços do Concelho de Felgueiras.
Queremos contruir um Movimento cívico, plural, apartidário e que tem como único objectivo impedir a concretização de obras que vão destruir toda a beleza da nossa câmara.
Os felgueirenses têm que se unir e defender o que é seu! Todos temos uma palavra a dizer sobre auilo que é património de todos!

Contamos com todos! Adiram a este Movimento!

Paços do Concelho de Felgueiras

PASSADO

PRESENTE

FUTURO